quarta-feira, 25 de abril de 2012

As revistas em quadrinhos

Não são apenas os contos, as fábulas e as narrativas dos livros de literatura infantil que incentivam as crianças a gostarem de ler. As histórias em quadrinhos também dão muita contribuição a esse desenvolvimento. 
Lembro-me que eu adorava ler as histórias da Turma da Mônica. Minhas preferidas eram as do Chico Bento; gostava do cenário onde tudo se passava - a fazendo, os bichos, as árvores - Eu passava horas lendo, e lendo...
Não seria interessante que seu filho despertasse interesse pela leitura espontaneamente?
Faça o teste, dê a ele uma HQ e veja qual a sua reação, elas são pequenas e contam uma ou várias histórias num único exemplar. Quem sabe, a partir daí ele desperte o interesse por outros temas - livros de contos, aventuras...
Experimente!!!

terça-feira, 24 de abril de 2012

Contação de História




Numa tarde ensolarada, resolvemos animar a garotada.
A menina sábia e O peixinho dourado,
Foram as duas histórias contadas.
A medida que narravamos os fatos,
a criançada participava.
Acessando as informações que já possuíam
Em suas memórias alcançavam. 



APRESENTAÇÃO


A MENINA SÁBIA


O PEIXINHO DOURADO


A experiência de contar história foi muito rica.
Tivemos a oportunidade de colocar em prática algumas estratégias de leitura, despertando a imaginação das crianças. A ANTECIPAÇÃO, utilizada por nós, permitiu, aos alunos, utilizarem-se as demais - SELEÇÃO ( seleciona as informações), PREDIÇÃO ( imaginar sobre o que o livro fala), VERIFICAÇÃO (verificar se as hipóteses levantadas fazem sentido) e INFERÊNCIA ( acessar um conhecimento não explícito no texto) E funcionou muito bem!
Foi muito bom perceber a criatividade, a imaginação, a curiosidade e a participação da meninada.
O trabalho foi realizado durante uma tarde, ficamos contando as histórias por uma hora, conversando, interagindo, questionando.
A única coisa que lamentos é não poder trazer, para vocês, a atividade na íntegra e , apenas, alguns momentos.
Apesar disso, acreditamos que vocês irão gostar.
Abraços!!!!


Conhecendo a Literatura Infantil Alagoana

Conheça um pouco da nossa Literatura Infantil

Claudia Lins nasceu no Rio de Janeiro e se formou em jornalismo pela Universidade Gama Filho. Porém, há mais de 10 anos, mora em Alagoas. Produz conteúdos para educação e leitura para sites na internet, e trabalha como repórter da TV Gazeta de Alagoas. Dedica-se à pesquisa e produção de textos de literatura infantil. Seus livros contam histórias narradas em nossa  terra. Conheça alguns deles:
Os tres porquinhos do agreste - O livro reconta a história dos três porquinhos, que se passa num sítio do agreste nordestino.

Lendas do Velho Chico - conta a história de crianças que, vivendo num povoado mágico chamado Ilha do Ferro, às margens do Rio São Francisco, se reúnem, todo fim de tarde, para ouvir as contações da rendeira Rosinha. São lendas das masi variadas. 

Marina Traquina -  conta as aventuras de uma menina serelepe feito Saci em pé de vento, que adora brincar com amigos imaginários e conversar por versos e rimas.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

O ensino de estratégias de compreesão leitora

Este texto fala sobre as estratégias utilizadas para que um leitor possa ter uma maior compreensão das leituras feitas
As estratégias de leitura são procedimentos de ordem elevada que envolvem cognitivo e o metacognitivo, no ensino elas não podem ser tratadas como técnicas precisas, receitas infalíveis ou habilidades especificas.
O ensino de estratégias de compreensão leitora pressupõe três ideias associadas à concepção construtiva. A primeira considera a situação educativa como um processo de construção conjunta entre professores e alunos que podem compartilhar progressivamente significados mais amplos e complexos. A segunda ideia é a consideração de que, nesse processo, o professor exerce uma função de guia, à medida que deve garantir o elo entre a construção que o aluno pretende realizar e as construções socialmente estabelecidas e que se traduzem nos objetivos e conteúdos prescritos pelo currículo em vigor em um determinado momento. A terceira utiliza-se da metáfora do “andaime” para explicar o papel do ensino com relação à aprendizagem do aluno.  As idéias de Collins e Smith (1980) são citadas no texto, onde consta que existem três etapas que podem contribuir para uma compreensão leitora, são elas: Etapas do modelo, o professor serve de modelo para seus alunos mediante sua própria leitura onde o lê em voz alta, comenta as duvidas, lembra o que falava o capítulo anterior. A segunda etapa é a participação do aluno onde ele tem liberdade de perguntar e a terceira é a etapa de leitura silenciosa na qual os alunos realizam sozinhos as atividades que nas fases anteriores, efetuaram com ajuda do professor: adota-se de objetivos de leitura, prever, formular hipóteses, buscar e encontrar apoio para as hipóteses, detectar e compensar falhas de compreensão.
Portanto, as estratégias são importantes para estabelecer uma linha de raciocínio, fazendo com que haja um maior entendimento da leitura.

domingo, 22 de abril de 2012

Despertando o gosto pela leitura


A importância da leitura na vida de uma criança


Uma das melhores coisas em ser criança é a possibilidade de viajar no mundo dos sonhos sem ter medo de ser criticado. E a magia da leitura possibilita isso.
Quando somos crianças, imaginamos, fantasiamos o mundo, e é isso que, muitas vezes, nos faz superar uma dor, um problema ou superar um obstáculo, como o medo, a timidez.
Por isso, o ato de ler é muito importante na vida de uma criança, para que, desde cedo, possa despertar o gosto pela leitura e saber tirar bom proveito desse ato.

Roda de Leitura - A Bela e a Fera

Por Michelle Oliveira
Todos nós temos um livro especial. Um livro que, por algum motivo, passou a ter um significado diferente em nossas vidas.
Meu livro especial é um conto de fadas - A Bela e a Fera. O conto narra a história de um jovem príncipe, egoísta e rude, que recebe a visita de uma bruxa disfarçada, que lhe oferece uma rosa em troca de abrigo contra o frio . O príncipe zomba de sua aparência e de seu presente e lhe manda embora. A bruxa, então, o transforma numa fera horrenda e todos os seus empregados em objetos  da casa. O encanto só seria quebrado quando a Fera aprendesse a amar e ganhasse o amor de alguém antes que a última pétala da rosa encantada caísse. Ela perde todas as esperanças; afinal, quem poderia amar uma fera? 
Tal livro é importante para mim pois o ganhei quando estava aprendendo a ler. Era muito bom poder decodificar todas aquelas letras e fazê-las ter um significado. A medida que eu lia e compreendia o que estava escrito, sentia vontade de ir mais além.
O livro se tornou mais especial quando assisti ao filme, lançado em 1991 pela Disney. Foi maravilhoso, como criança, poder ver concretizado tudo o que eu havia imaginado e fantasiado, por meio da leitura.
Por que recomendo esse livro - o conto faz com que as crianças percebam que o amor é mais importante do que aparência física, defendendo a ideia de que a verdadeira beleza está dentro de todos nós. É por isso que Bela e Fera se apaixonam, pois foi a partir de todo o sentimento positivo que a menina mostrou, que aquele homem egoísta transformou-se em um ser bondoso, generoso e, acima de tudo, amável.
Trago para vocês a leitura desse conto de fadas, para que, assim como eu, possam viajar no mundo da imaginação e dos sonhos.

 
A BELA E A FERA
Christiane Angelotti adaptação da obra de Madame Leprince de Beaumont

Era uma vez um jovem príncipe que vivia no seu lindo castelo. Apesar de toda a sua riqueza ele era muito egoísta e não tinha amigos.
Numa noite chuvosa recebeu a visita de uma velhinha que lhe pediu abrigo só por aquela noite.
Com um enorme mal humor ele se recusou a ajudar a velhinha. Porém, o que ele não sabia é que aquela velhinha era uma bruxa disfarçada, que já ouvira diversas histórias sobre o egoísmo daquele jovem príncipe. Indignada com a sua atitude, ela lançou sobre ele um feitiço que o transformara numa fera horrível. Todos os seus criados haviam se transformado em objetos. O encanto só poderia ser desfeito se ele recebesse um beijo de amor.
Enquanto isso, numa vila distante dali, vivia um comerciante com sua filha chamada Bela. Eles eram pobres, mas muito felizes.
Bela adorava livros, histórias, vivia a contá-las para as crianças da vila. Seu pai, Maurício, era comerciante e viajava muito comprando e vendendo produtos diversos.
Um dia voltando de uma longa viagem, Maurício foi pego de surpresa por uma forte tempestade, passou em frente a um castelo que parecia abandonado e resolveu pedir acolhida. Bateu à porta, mas ninguém o atendeu. Como a porta do castelo estava aberta resolveu entrar para se proteger da chuva. Acendeu a lareira e encontrou uma garrafa de vinho sobre a mesma. Após bebê-la acabou adormecendo. No dia seguinte um monstro furioso apareceu diante dele. Quis castigá-lo por invadir o seu castelo e assim, o fez prisioneiro. 
A Fera decretou ao velho comerciante que este morreria por tal invasão. Aterrorizado, o pobre homem suplicou:
__ Deixa que me despeça da minha filha.
A Fera concedeu-lhe o pedido. De volta à sua casa, contou o ocorrido a sua filha.
Sem medo, ela decidiu voltar ao palácio com o pai.
Uma vez no palácio da Fera, Bela tomou coragem e fez uma proposta:
- Deixa meu pai ir embora. Eu ficarei no lugar dele.
A Fera concordou, e o pobre comerciante foi embora desolado.
A jovem permaneceu com a Fera no castelo,mas não era mantida na prisão,podia ficar em um quarto ou na biblioteca, local que muito a agradava.
Bela tinha medo de morrer,mas percebia que a Fera a tratava bem a cada dia que passava.
Com o passar do tempo o monstro e Bela foram ficando mais amigos. Ele se encantava com a forma que a moça via o mundo, as pessoas a natureza. Sentia que ela o via de uma forma diferente, além da sua aparência.
A Fera enfim havia se apaixonado, de verdade. Numa noite, ao jantarem, tomou coragem e pediu a moça em casamento. Bela não aceitou, mas ofereceu sua amizade. 
 
Apesar da tristeza, a Fera, aceitou o desejo da Bela.
Bela, por sua vez, passava dias muito agradáveis no castelo, sentia-se bem lá, porém com muitas saudades do seu pobre pai.
Certo dia, Bela pediu permissão à Fera para visitar o seu pai.
- Voltarei logo - prometeu.
A Fera, que nada lhe podia negar, deixou-a partir.
Bela passou muitos dias cuidando de seu pai, que estava doente, tinha adoecido de tristeza pensando que perdera a filha para sempre.
Quando Bela retornou ao palácio, encontrou a Fera no chão meio morta de saudade por sua ausência. Então, Bela soube o quanto era amada.
Bela se desesperou, também sentia algo forte pela Fera. Amizade, amor compaixão.
- Não morras, caso-me contigo! - disse-lhe chorando.
Comovida, a Bela beijou a Fera.
Nesse momento o monstro transformou-se num belo príncipe. Enfim, o encanto havia se desfeito. A Fera encontrou alguém que o amava de verdade, além da sua aparência grotesca.
Afinal, a verdadeira beleza está no coração.

















TCHAU - de Lygia Bojunga


O livro de Lygia Bogunga retrata, de forma envolvente e sob o olhar de uma menina, Rebeca, um conflito familiar que traduz problemas muito comuns em nosso cotidiano: separação/divórcio, romance extra-conjugal, abandono, perda e sentimento de culpa.

Em seu primeiro capítulo - O buquê - a trama gira em torno de um buquê de rosas recebido pela mãe, o qual desperta curiosidades em Rebeca;
O segundo capítulo - Na beira do mar - Rebeca caminha pela praia com sua mãe, que lhe conta tudo que está acontecendo: a separação dos país; a paixão da mãe por outro homem e a angustia da filha em perder   a família.
O terceiro capítulo - No sofá da sala - gira em torno da discussão entre o casal sobre a separação dos dois: quem fica com os filhos, abandono.
O quarto capítulo - Na mesa do botequim - Rebeca encontra seu pai bebendo em um botequim, e ele resolve desabafar suas tristezas com a filha. Ele sente-se angustiado, pois diz que não saberá cuidar dela e do irmão Donatelo. Rebeca ouvi o desabafo do pai e lhe promete não deixar a mãe ir embora.
O quinto capítulo - A mala - Rebeca vê sua mãe arrumando a mala e pedindo um taxi para o aeroporto, vê ainda a mãe despedindo-se do seu irmão, Donatelo. O taxi chega,e a menina insiste para que a mãe não vá, agarra a mala , a mãe pede por favor, e Rebeca não a solta.Mas mesmo com a insistência da menina, a mãe diz tchau e sai correndo, deixando a mala para traz.
O sexto capítulo - O pai volta e encontra um bilhete no travesseiro - Rebeca faz um bilhete para o pai, dizendo que ela não conseguiu impedir que a mãe partisse, mas lhe explica que a mala ficou, portanto, como ela não levou roupas e outros objetos de utilidade, não vai conseguir  demorar, pois irá precisar de suas coisas e terá que voltar para buscá-las.
O livro nos envolve de tal forma que, a medida que adentramos a história, queremos saber mais - o que vai acontecer agora? - lendo um capítulo após o outro. É importante destacar também que, esse envolvimento ocorre exatamente pelo fato de o livro ter sido escrito sobre a perspectiva de uma criança, tornando-se fantasioso ao mesmo tempo que trata sobre a realidade.

Sobre a autora...
 
Lygia Bojunga Nunes nasceu em Pelotas, Rio Grande do Sul, em 26 de agosto de 1932. Aos oito anos de idade foi para o Rio de Janeiro onde, em 1951, se tornou atriz numa companhia de teatro que viajava pelo interior do Brasil. Preocupada com o analfabetismo que predominava no país, verificados em suas viagens, levou-a a fundar uma escola para crianças pobres do interior, que dirigiu durante cinco anos. Trabalhou durante muito tempo para o rádio e a televisão, antes de iniciar como escritora de livros infantis em 1972; levou quase 40 anos para conseguir viver apenas de seu talento literário. Mas foi como escritora que Lygia alcançou um enorme prestígio. Em 1982, recebeu o prêmio Hans Christian Andersen, e em 2004 o prêmio ALMA (Astrid Lindgren Memorial Award), os dois mais importantes prêmios internacionais da literatura infanto-juvenil.
Bojunga utiliza em seus livros os problemas da sociedade, no que diz respeito às relações humanas, quanto às implicações psicológicas de que a crianças é vítima. Nesse contexto, ela constrói suas narrativas sempre utilizando a infância como tema principal. Portanto, seus textos são direcionados na perspectiva da criança, olhando o mundo por meio dos olhos brincalhões desta. Seus personagens podem fantasiar um cavalo no qual cavalgam a galope ou desenhar uma porta numa parede, que atravessam no momento seguinte. As fantasias servem geralmente para ultrapassar experiências pessoais difíceis.
Lygia Bojunga se consagrou como autora de alguns dos livros mais conhecidos da literatura infanto-juvenil brasileira. "Os Colegas", "Angélica" e "A Bolsa Amarela" são algumas das obras que já completaram algumas décadas de existência, mas continuam presentes nas estantes das crianças.
Atualmente, a escritora cuida dos negócios de sua própria editora - "Casa Lygia Bojunga" - que publica exclusivamente seus livros. Também é responsável pela Fundação Cultural Casa Lygia Bojunga, sediada no Rio de Janeiro e que desde 2004 desenvolve projetos socioeducativos voltados para o estímulo da leitura de crianças e jovens.

Suas obras:
Os Colegas – 1972; Angélica – 1975; A Bolsa Amarela – 1976; A Casa da Madrinha – 1978; Corda Bamba – 1979; O Sofá Estampado – 1980; Tchau – 1984; O Meu Amigo Pintor – 1987; Nós Três – 1987, Livro, um Encontro – 1988; Fazendo Ana Paz – 1991; Paisagem – 1992; Seis Vezes Lucas – 1995; O Abraço – 1995; Feito à Mão – 1996; A Cama – 1999; O Rio e Eu – 1999; Retratos de Carolina – 2002; A Bolsa Amarela – 2005; Aula de Inglês – 2006; Sapato de Salto – 2006; Dos Vinte 1 - 2007 (coletânea de capítulos dos livros anteriores)


quarta-feira, 11 de abril de 2012

O que é leitura?


Leitura é produção de sentido. 
Esse sentido vai depender do conhecimento prévio que o leitor já tem sobre o tema e da visão de mundo que ele tem. Exige, também, estratégias de leituras.
Leitura é uma atividade que traz ação e reação:
O texto transforma o leitor assim como o leitor transforma o texto.
Para que uma leitura se torne prazerosa, é preciso que o leitor jogue o jogo literário.

domingo, 1 de abril de 2012

Alguns clássicos dos contos de fadas - Cinderela

Cinderela




CINDERELA

(Adaptado do conto dos Irmãos Grimm)

Era uma vez um homem cuja primeira esposa tinha morrido, e que tinha casado novamente com uma mulher muito arrogante. Ela tinha duas filhas que se pareciam em tudo com ela.
O homem tinha uma filha de seu primeiro casamento. Era uma moça meiga e bondosa, muito parecida com a mãe.
A nova esposa mandava a jovem fazer os serviços mais sujos da casa e dormir no sótão, enquanto as “irmãs” dormiam em
quartos com chão encerado.
Quando o serviço da casa estava terminado, a pobre moça sentava-se junto à lareira, e sua roupa ficava suja de cinzas. Por esse motivo, as malvadas irmãs zombavam dela. Embora Cinderela tivesse que vestir roupas velhas, era ainda cem vezes mais bonita que as irmãs, com seus vestidos esplêndidos.
O rei mandou organizar um baile para que seu filho escolhesse uma jovem para se casar, e mandou convites para todas as pessoas importantes do reino. As duas irmãs ficaram contentes e só pensavam na festa. Cinderela ajudava. Ela até lhes deu os melhores conselhos que podia e se ofereceu para arrumá-las para o evento.
As irmãs zombavam de Cinderela, e diziam que ela nunca poderia ir ao baile.
Finalmente o grande dia chegou. A pobre Cinderela viu a madrasta e as irmãs saírem numa carruagem em direção ao palácio, em seguida sentou-se perto da lareira e começou a chorar.
Apareceu diante dela uma fada, que disse ser sua fada madrinha, e ao ver Cinderela chorando, perguntou: “Você gostaria de ir ao baile, não é?”
“Sim”, suspirou Cinderela.
“Bem, eu posso fazer com que você vá ao baile”, disse a fada madrinha.
Ela deu umas instruções esquisitas à moça: “Vá ao jardim e traga-me uma abóbora.” Cinderela trouxe e a fada madrinha esvaziou a abóbora até ficar só a casca.
Tocou-a com a varinha
mágica e a abóbora se transformou numa linda carruagem dourada! Em seguida a fada madrinha transformou seis camundongos em cavalos lindos, tocando-os com sua varinha mágica. Escolheu também uma rato que tivesse o bigode mais fino para ser o cocheiro mais bonito do mundo. Então ela disse a Cinderela, “Olhe atrás do regador. Você encontrará seis lagartos ali. Traga-os aqui.”
Cinderela nem bem acabou de trazê-los e a fada madrinha transformou-os em lacaios. Eles subiram atrás da carruagem, com seus uniformes de gala, e ficaram ali como se nunca tivessem feito outra coisa na vida.
Quanto a Cinderela, bastou um toque da varinha mágica para transformar os farrapos que usava num vestido de ouro e prata, bordado com pedras preciosas. Finalmente, a fada madrinha lhe deu
um par de sapatinhos de cristal.
Toda arrumada, Cinderela entrou na carruagem. A fada madrinha avisou que deveria estar de volta à meia-noite, pois o encanto terminaria ao bater do último toque da meia-noite.
O filho do rei pensou que Cinderela fosse uma princesa desconhecida e apressou-se a ir dar-lhe as boas vindas. Ajudou-a a descer da carruagem e levou-a ao salão de baile. Todos pararam e
ficaram admirando aquela moça que acabara de chegar.
O príncipe estava encantado, e dançou todas as músicas com Cinderela. Ela estava tão absorvida com ele, que se esqueceu completamente do aviso da fada madrinha. Então, o relógio do palácio começou a bater doze horas. A moça se lembrou do aviso da fada e, num salto, pôs-se de pé e correu para o jardim.
O príncipe foi atrás mas não conseguiu alcançá-la. No entanto, na pressa ela deixou cair um dos seus elegantes sapatinhos de cristal.
Cinderela chegou em casa exausta, sem carruagem ou os lacaios e vestindo sua roupa velha e rasgada. Nada tinha restado do seu esplendor, a não ser o outro sapatinho de Cristal.
Mais tarde, quando as irmãs chegaram em casa, Cinderela perguntou-lhes se tinham se divertido. As irmãs, que não tinham percebido que a princesa desconhecida era Cinderela, contaram tudo
sobre a festa, e como o príncipe pegara o sapatinho que tinha caído e passou o resto da noite olhando fixamente para ele, definitivamente apaixonado pela linda desconhecida.
As irmãs tinham contado a verdade, pois alguns dias depois o filho do rei anunciou publicamente que se casaria com a moça em cujo pé o sapatinho servisse perfeitamente.
Embora todas as princesas, duquesas e todo resto das damas da corte tivessem experimentado o sapatinho, ele não serviu em nenhuma delas.
Um mensageiro chegou à casa de Cinderela trazendo o sapatinho.
Ele deveria calçá-lo em todas as moças da casa. As duas tentaram de todas as formas calçá-lo, em vão.
Então, Cinderela sorriu e disse, “Eu gostaria de experimentar o sapatinho para ver se me serve!”
As irmãs riram e caçoaram dela, mas o mensageiro tinha recebido ordens para deixar todas as moças do reino experimentarem o sapatinho. Então, fez Cinderela sentar-se e, para surpresa de
todos, o sapatinho serviu-lhe perfeitamente!
As duas irmãs ficaram espantadas, mas ainda mais espantadas quando Cinderela tirou o outro sapatinho de cristal do bolso e calçou no outro pé.
Nesse momento, surgiu a fada madrinha, que tocou a roupa de
Cinderela com a varinha mágica. Imediatamente os farrapos se transformaram num vestido ainda mais bonito do que aquele que havia usado antes.
A madrasta e suas filhas reconheceram a linda “princesa” do baile, e caíram de joelhos implorando
seu perdão, por todo sofrimento que lhe tinham causado.
Cinderela abraçou-as e disse-lhes que perdoava de todo o coração. Em seguida, no seu vestido esplêndido, ela foi levada à presença do príncipe, que aguardava ansioso sua amada.
Alguns dias mais tarde, casaram-se e viveram felizes para
sempre.

Alguns clássicos dos contos de fadas - Branca de Neve e os sete anões



Branca de Neve e os Sete Anões
( Adaptado do conto dos Irmãos Grimm)
Branca de Neve e os sete anões

Há muito tempo, num reino distante, viviam um rei, uma rainha e sua filhinha, a princesa Branca de Neve. Sua
pele era branca como a neve, os lábios vermelhos como o sangue e os cabelos pretos como o ébano.
Um dia, a rainha ficou muito doente e morreu. O rei, sentindo-se muito sozinho, casou-se novamente.
O que ninguém sabia é que a nova rainha era uma feiticeira cruel, invejosa e muito vaidosa. Ela possuía um espelho mágico,
para o qual perguntava todos os dias:
— Espelho, espelho meu! Há no mundo alguém mais bela do que eu?
— És a mais bela de todas as mulheres, minha rainha!
— respondia ele.
Branca de Neve crescia e ficava cada vez mais bonita, encantadora e meiga. Todos gostavam muito dela, exceto a rainha, pois tinha medo que Branca de Neve se tornasse mais bonita que
ela.
Depois que o rei morreu, a rainha obrigava a princesa a vestir-se com trapos e a trabalhar na limpeza e na arrumação de todo o castelo. Branca de Neve passava os dias lavando, passando e
esfregando, mas não reclamava. Era meiga, educada e amada por
todos.
Um dia, como de costume, a rainha perguntou ao espelho:
— Espelho, espelho meu! Há no mundo alguém mais bela do que eu?
— Sim, minha rainha! Branca de Neve é agora a mais bela!
A rainha ficou furiosa, pois queria ser a mais bela para sempre. Imediatamente mandou chamar seu melhor caçador e ordenou que ele matasse a princesa e trouxesse seu coração numa caixa.
No dia seguinte, ele convidou a menina para um passeio na floresta, mas não a matou.
— Princesa, — disse ele — a rainha ordenou que eu a mate, mas não posso fazer isso. Eu a vi crescer e sempre fui leal a seu pai.
— A rainha?! Mas, por quê? — perguntou a princesa.
— Infelizmente não sei, mas não vou obedecer a rainha dessa vez. Fuja, princesa, e por favor não volte ao castelo, porque ela é capaz de matá-la!
Branca de Neve correu pela floresta muito assustada, chorando, sem ter para onde ir.
O caçador matou uma gazela, colocou seu coração numa caixa e levou para a rainha, que ficou bastante satisfeita, pensando que a enteada estava morta.
Anoiteceu. Branca de Neve vagou pela floresta até encontrar uma cabana. Era pequena e muito graciosa. Parecia habitada por crianças, pois tudo ali era pequeno.
A casa estava muito desarrumada e suja, mas Branca de Neve lavou a louça, as roupas e varreu a casa. No andar de cima da casinha encontrou sete caminhas, uma ao lado da outra. A moça estava tão cansada que juntou as caminhas, deitou-se e dormiu.
Os donos da cabana eram sete anõezinhos que, ao voltarem para casa, se assustaram ao ver tudo arrumado e limpo.  Os sete homenzinhos subiram a escada e ficaram muito
espantados ao encontrar uma linda jovem dormindo em suas camas. Branca de Neve acordou e contou sua história para os anões, que logo se afeiçoaram a ela e a convidaram para morar com eles.
O tempo passou... Um dia, a rainha resolveu consultar novamente seu espelho e descobriu que a princesa continuava viva. Ficou furiosa. Fez uma poção venenosa, que colocou dentro de uma
maçã, e transformou-se numa velhinha maltrapilha.
— Uma mordida nesta maçã fará Branca de Neve dormir para sempre — disse a bruxa.
No dia seguinte, os anões saíram para trabalhar e Branca de Neve ficou sozinha.
Pouco depois, a velha maltrapilha chegou perto da janela da cozinha. A princesa ofereceu-lhe um copo d’água e conversou com ela.
— Muito obrigada! — falou a velhinha — coma uma maçã... eu faço questão!
No mesmo instante em que mordeu a maçã, a princesa caiu desmaiada no chão. Os anões, alertados pelos animais da floresta,
chegaram na cabana enquanto a rainha fugia. Na fuga, ela acabou caindo num abismo e morreu.
Os anõezinhos encontraram Branca de Neve caída, como se estivesse dormindo. Então colocaram-na num lindo caixão de cristal, em uma clareira e ficaram vigiando noite e dia,
esperando que um dia ela acordasse.
Um certo dia, chegou até a clareira um príncipe do reino vizinho e logo que viu Branca de Neve se apaixonou por ela. Ele pediu aos anões que o deixassem levar o corpo da princesa para seu castelo, e prometeu que velaria por ela.
Os anões concordaram e, quando foram erguer o caixão, este caiu, fazendo com que o pedaço de maçã que estava alojado na garganta de Branca de Neve saísse por sua boca, desfazendo o feitiço e acordando a princesa. Quando a moça viu o príncipe, se apaixonou por ele. Branca de Neve despediu-se dos sete anões e partiu junto com o príncipe para um castelo distante onde se
casaram e foram felizes para sempre.





Os contos de fadas

Os contos de fadas.

A Bela Adormecida

Quem nunca ouviu ou leu um conto de fadas em sua vida?

Os contos de fadas despertam o imagnário de uma criança, retratando sentimentos de medo, solidão, felicidade, amor.

Nas histórias aparecem sempre o maravilhoso, a fantasia, uma princesa e uma bruxa. Um príncipe, e um malvado. Aparecem também as fadas, protetoras, madrinhas...

 Os contos surgiram através dos tempos, na literatura oral, trazendo situações vividas por pessoas das épocas.  Foram modificados ao longo do tempo, mas retratam sempre uma situação de batalha, conflito, para chegar a um final feliz.

Nos contos de fadas aparecem tanto o mal quanto o bem, no entanto, nas histórias, as pessoas más sempre perdem. Para a criança isso é muito importante, pois aprendem, de maneira divertida e prazerosa, através da leitura, que o crime não compensa.