domingo, 22 de abril de 2012

TCHAU - de Lygia Bojunga


O livro de Lygia Bogunga retrata, de forma envolvente e sob o olhar de uma menina, Rebeca, um conflito familiar que traduz problemas muito comuns em nosso cotidiano: separação/divórcio, romance extra-conjugal, abandono, perda e sentimento de culpa.

Em seu primeiro capítulo - O buquê - a trama gira em torno de um buquê de rosas recebido pela mãe, o qual desperta curiosidades em Rebeca;
O segundo capítulo - Na beira do mar - Rebeca caminha pela praia com sua mãe, que lhe conta tudo que está acontecendo: a separação dos país; a paixão da mãe por outro homem e a angustia da filha em perder   a família.
O terceiro capítulo - No sofá da sala - gira em torno da discussão entre o casal sobre a separação dos dois: quem fica com os filhos, abandono.
O quarto capítulo - Na mesa do botequim - Rebeca encontra seu pai bebendo em um botequim, e ele resolve desabafar suas tristezas com a filha. Ele sente-se angustiado, pois diz que não saberá cuidar dela e do irmão Donatelo. Rebeca ouvi o desabafo do pai e lhe promete não deixar a mãe ir embora.
O quinto capítulo - A mala - Rebeca vê sua mãe arrumando a mala e pedindo um taxi para o aeroporto, vê ainda a mãe despedindo-se do seu irmão, Donatelo. O taxi chega,e a menina insiste para que a mãe não vá, agarra a mala , a mãe pede por favor, e Rebeca não a solta.Mas mesmo com a insistência da menina, a mãe diz tchau e sai correndo, deixando a mala para traz.
O sexto capítulo - O pai volta e encontra um bilhete no travesseiro - Rebeca faz um bilhete para o pai, dizendo que ela não conseguiu impedir que a mãe partisse, mas lhe explica que a mala ficou, portanto, como ela não levou roupas e outros objetos de utilidade, não vai conseguir  demorar, pois irá precisar de suas coisas e terá que voltar para buscá-las.
O livro nos envolve de tal forma que, a medida que adentramos a história, queremos saber mais - o que vai acontecer agora? - lendo um capítulo após o outro. É importante destacar também que, esse envolvimento ocorre exatamente pelo fato de o livro ter sido escrito sobre a perspectiva de uma criança, tornando-se fantasioso ao mesmo tempo que trata sobre a realidade.

Sobre a autora...
 
Lygia Bojunga Nunes nasceu em Pelotas, Rio Grande do Sul, em 26 de agosto de 1932. Aos oito anos de idade foi para o Rio de Janeiro onde, em 1951, se tornou atriz numa companhia de teatro que viajava pelo interior do Brasil. Preocupada com o analfabetismo que predominava no país, verificados em suas viagens, levou-a a fundar uma escola para crianças pobres do interior, que dirigiu durante cinco anos. Trabalhou durante muito tempo para o rádio e a televisão, antes de iniciar como escritora de livros infantis em 1972; levou quase 40 anos para conseguir viver apenas de seu talento literário. Mas foi como escritora que Lygia alcançou um enorme prestígio. Em 1982, recebeu o prêmio Hans Christian Andersen, e em 2004 o prêmio ALMA (Astrid Lindgren Memorial Award), os dois mais importantes prêmios internacionais da literatura infanto-juvenil.
Bojunga utiliza em seus livros os problemas da sociedade, no que diz respeito às relações humanas, quanto às implicações psicológicas de que a crianças é vítima. Nesse contexto, ela constrói suas narrativas sempre utilizando a infância como tema principal. Portanto, seus textos são direcionados na perspectiva da criança, olhando o mundo por meio dos olhos brincalhões desta. Seus personagens podem fantasiar um cavalo no qual cavalgam a galope ou desenhar uma porta numa parede, que atravessam no momento seguinte. As fantasias servem geralmente para ultrapassar experiências pessoais difíceis.
Lygia Bojunga se consagrou como autora de alguns dos livros mais conhecidos da literatura infanto-juvenil brasileira. "Os Colegas", "Angélica" e "A Bolsa Amarela" são algumas das obras que já completaram algumas décadas de existência, mas continuam presentes nas estantes das crianças.
Atualmente, a escritora cuida dos negócios de sua própria editora - "Casa Lygia Bojunga" - que publica exclusivamente seus livros. Também é responsável pela Fundação Cultural Casa Lygia Bojunga, sediada no Rio de Janeiro e que desde 2004 desenvolve projetos socioeducativos voltados para o estímulo da leitura de crianças e jovens.

Suas obras:
Os Colegas – 1972; Angélica – 1975; A Bolsa Amarela – 1976; A Casa da Madrinha – 1978; Corda Bamba – 1979; O Sofá Estampado – 1980; Tchau – 1984; O Meu Amigo Pintor – 1987; Nós Três – 1987, Livro, um Encontro – 1988; Fazendo Ana Paz – 1991; Paisagem – 1992; Seis Vezes Lucas – 1995; O Abraço – 1995; Feito à Mão – 1996; A Cama – 1999; O Rio e Eu – 1999; Retratos de Carolina – 2002; A Bolsa Amarela – 2005; Aula de Inglês – 2006; Sapato de Salto – 2006; Dos Vinte 1 - 2007 (coletânea de capítulos dos livros anteriores)


3 comentários:

  1. Olá meninas!
    Eu também li esse livro. Sabe o que é mais interessante? Foi exatamente essa sensação que eu tive ao ler, vontade de continuar, de querer saber o final. No sexto capítulo, quando Rebeca escreve o bilhete para seu pai, eu pude perceber a visão de mundo de uma criança, inocente...
    Muito boa a leitura do livro Tchau.
    Abraços meninas.

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    1. Oi Amanda.
      O texto é bem envolvente sim, do início ao fim.
      Abraços.

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  2. Amanda, é isso mesmo. Esta autora escreve seus livros na perspectiva de uma criança. Talvez seja isso que nos envolve em seus escritos.

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